Análise e comparações das pressões de Cuff em diferentes angulações da cabeceira do leito de pacientes em terapia intensiva

Daniella Borges Dock Pereira, Fabio Simões Silva, Yumi Gondo Lage Lage, Mara Lílian Soares Nasrala

Resumo


A ventilação mecânica (VM) tem contribuído muito para aumentar a sobrevida em diversas situações clínicas, mas o incremento do uso de tubos endotraqueais, traqueostomias e cricotiroidostomias tem produzido um grande espectro de lesões da via aérea. 

Objetivo: Analisar e comparar o comportamento das pressões de cuffs em diferentes angulações da cabeceira do leito de pacientes internados em terapia intensiva. Metodologia: A amostra foi constituída de pacientes em ventilação mecânica invasiva com via aérea artificial, tubo orotraqueal (TOT) ou cânula de traqueostomia (TQT), com cuff funcionante, de ambos os sexos, com idade entre 18 a 85 anos. As medidas de cuff era realizada a partir da posição controle ângulo de 45º, logo após a cabeceira era ajustada para 0º ou 30º de maneira aleatória, totalizando 50 amostras. Para análise estatística, foram usados testes não paramétricos, conforme a natureza das variáveis. Para análise das medidas de cuff e angulações de cabeceira foi aplicado o Teste-t para amostra pareadas. Considerou-se um valor de p>0,05. Resultados: Foram analisados 50 amostras, sendo 27 (54,0%) do sexo masculino e 23 (46,0%) do sexo feminino, com média de idade de 64,26±15,77 anos, em relação ao tipo de via aérea artificial 14(28,0%) eram traqueostomia e 36(72,0%) tubo orotraqueal, com relação ao modo ventilatório 16(32,0%) ventilavam no modo PSV e 34(68,0%) no modo PCV. Observou-se diferença estatística entre as pressões cuff em 0º e 30º de inclinação de cabeceira quando comparadas com as pressões de controle (45º) com p<0,005. Foi observado uma correlação positiva significante entre a mudança da angulação da cabeceira e o volume corrente relevante de p=0,013. Conclusão: As mudanças na inclinação de cabeceira do leito de pacientes internados em terapia intensiva alteram as pressões de cuff. Diante disso a implantação de um protocolo de mensuração das pressões de cuff preferencialmente de uma maneira rotineira e o treinamento dos profissionais envolvidos no atendimento a esses pacientes é de suma importância.

Descritores: fisioterapia; ventilação mecânica , unidade de terapia intensiva.




DOI: http://dx.doi.org/10.52908/coorte.v0i02.40

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Direitos autorais 2016 COORTE - Revista Científica do Hospital Santa Rosa

* e-ISSN:  2358-3622

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*  DOI:  10.52908

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